Ex-presidente da CDHU indicado por Covas e Alckmin é condenado duas vezes por improbidade administrativa.
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Goro Hama é filiado ao PSDB. No passado, chegou a ser secretário-geral do partido no Estado de São Paulo e tesoureiro da vitoriosa campanha tucana ao Palácio dos Bandeirantes em 1994. Há décadas mantém laços de amizade com Mario Covas e com seu filho, agora eleito vereador, Mario Covas Neto, o Zuzinha. Hama ocupou a presidência do Conselho Consultivo da Fundação Mario Covas, criada em 2001. Seu nome, porém, não está associado apenas à família do finado governador. Ele, que por seis anos foi presidente da CDHU, enfrenta diversos processos na justiça. Em 2002, era acusado pela Promotoria de Justiça da Cidadania de causar prejuízo de 685,7 milhões de reais aos cofres do Estado.
No dia 22 de março de 2006, Goro Hama e sua mulher, Luíza Lente Bittencourt Hama, foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. O casal foi condenado a devolver aos cofres da CDHU mais de 90,7 mil reais. Luíza, segundo a condenação, recebeu um carro importado, um Passat alemão, pago pela Consopave Administradora de Consórcios, justamente na época em que o marido ocupava o cargo de diretor-presidente da companhia paulista. A Consopave era controlada pelo grupo Partsil, também réu na ação, proprietário de duas outras empresas - a Transbraçal e a Vilares - que prestavam serviços à estatal paulista.
Em 2009, uma nova condenação, também por improbidade, obrigou Hama a ressarcir aos cofres públicos o valor de 512,1 mil reais. De acordo com o juiz Luís Fernando Camargo de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Hama teria privilegiado consórcio de empresas com o qual firmou contrato em 17 de julho de 1996, no valor de 12,7 milhões de reais, para construção de 608 unidades habitacionais destinadas à população de baixa renda do município de Campinas, no interior paulista.